Olá people...
Ando tão contente.
Estou a adorar os comentários.
Obrigado é a única coisa que vos posso dizer...
Espero que gostem...
Uma luz brilhante entrava pela janela, sem um pedido de autorização. Estava sol na pequena cidade de Forks, o que era muito raro.Mais um belo dia e eu aqui fechada neste quarto,rodeada de livros e CD’S de música clássica que só o meu pai ouve.
A melodia que se formava no exterior da casa era algo natural. Algo estonteante e perfeito. O bater dos bicos dos pica-paus, o que eram raros, assemelhavam-se ao toque de uma bateria, o cantar melodioso dos pequenos pássaros que exploravam o jardim da minha avó, pareciam violinos a tocarem a quinta sinfonia de Bethoven. O vento que passava entre as folhas, carregadas de pequenas gotas de orvalho, lembrava-me a flauta que o Seth me costumava a tocar quando ainda era criança.A natureza estava perfeita , para passar mais algumas horas que restavam daquele início de manhã.
Ao contrario da minha fraca e penosa vida, que neste momento não consegue encontrar um raio de esperança para me fazer sorrir verdadeiramente. Quando alguém da minha família vem fazer-me companhia, eu tento formar um sorriso com os meus lábio macios, mas é um sorriso insignificante , que não tem uma gota de alegria e de esperança.
Um mês se passou e nada de Jacob. Um mês se passou e eu nem tento olhar nos olhos dos meus pais .Isso é o que torna a dor que carrego insuportável .Algo difícil de combater sem ajuda.Eu tentei chegar a um acordo com a minha família, mas eles não querem fazer nada sem autorização do Srº Edward Cullen e da Srª Isabella Cullen.
Os meus pensamentos foram interrompidos com três batidas na porta branca do meu novo quarto.
Um odor que eu conhecia ocupou o ambiente .Um cheiro que já não sentia á um mês. Um odor que me despertou saudade no meu interior.Um odor que fez com que uma dor enorme ataca-se o meu coração como finas agulhas. Dor por não querer deixar de ser orgulhosa e saudade porque o odor era do meu pai.
Foi então que uma voz melodiosa e suave chegou aos meus tímpanos.
- Renesmee, posso?
Não respondi . Mas ele levou o meu silêncio como um sim.Um sim que tinha dito com a toda a satisfação á um mês atrás.
Vi o meu pai a abrir a porta com algum cuidado. Entrou no meu quarto devagar e cautelosamente. Sentou-se no sofá preto que se encontrava na ponta do quarto.Em resposta, virei-lhe as costas.
-Filha…- começou por dizer- Eu sei que estás a sofrer muito.Eu sei o quanto a ausência da pessoa que amamos é difícil. Já passei por isso , com a tua mãe.
Respirei fundo, ergui a cabeça e virei-me para o enfrentar. Tristeza, raiva e dor eram os sentimentos que permaneciam nos seus olhos dourados. Uma vontade enorme de chorar invadiu-me , mas não me deixei abater por tão pouco.
- O que te tenho a dizer é breve e simples- disse ao fim de me preparar mentalmente .
- Pois então, podes começar.
- Pai. Eu não aguento ficar longe de Jake por mais tempo. Isto está-me a deixar louca. Eu já não tenho esperança, já não tenho vontade de sorrir, já não tenho forças para derramar uma única lágrima- resfoleguei- Eu já não sei o que é sorrir de verdade, correr livremente pela minha mente e encontrar felicidade.A luz que iluminava a minha vida era o Jake, e vocês apagaram-na - levantei-me e dirigi-me á janela – sinceramente não percebo , o porquê disto.
Senti uma gota de água a descer pela minha face. Limpei-a com a ponta dos meus dedos finos e fixei o olhar no meu pai. Ele olhava-me estupefacto, certamente com o que acabara de dizer. Mas o que me interessava neste momento era o porquê.
“Porque me estão a fazer sofrer tanto? Porque é que expulsaram o Jacob da minha vida desta forma? Porquê?”
Tantas perguntas, mas tinha a certeza que não iria obter as respostas de qualquer uma, hoje.